Para os empreendedores, 2017 marcou o início do fim da crise: o crescimento acumulado do PIB foi de 1% durante o ano. Ao mesmo tempo, depois de dois anos de queda, o consumo das famílias cresceu no mesmo ritmo.
É fato que estes resultados estão longe dos números impressionantes de alguns anos atrás - em 2010, o crescimento do PIB foi de 7,5%, em plena crise econômica global. Ainda assim, as cifras de anos anteriores tornam as de 2017 um oásis em meio ao deserto: o total de riqueza produzida no país caiu 3,5%, tanto em 2015 quanto em 2016.
Portanto, é natural que os empreendedores - especialmente os micro e pequenos, que sentem os efeitos das oscilações econômicas antes dos demais - se perguntem: e agora? Será que a maré boa vai durar?
Para os economistas, a resposta a esta pergunta é simples: pode-se dizer que 2018 tende a ser melhor do que 2017, mas ainda longe de ser suficiente para que a economia volte aos níveis pré-crise. A maioria dos indicadores tende a subir, mas nada que deva gerar euforia no mercado.
Diversas fontes e organizações apontam que o PIB brasileiro deve subir, ainda que a ritmo modesto.
Para o Fundo Monetário Internacional (FMI) o país deve crescer 1,9% em 2018, puxado pela valorização das commodities e pela flexibilização do mercado internacional, favorecendo as exportações.
Já o Boletim Focus, do Banco Central, é mais otimista: no início deste ano, a previsão de crescimento foi revisada de 2,68% para 2,7%. Alinhada à visão do BC, a Consultoria Tendências faz uma projeção otimista e semelhante: 2,8% de expansão.
Estes números são muito importantes para os empreendedores: quando a economia está aquecida, todos saem ganhando. Como os micro e pequenos negócios são tidos como os motores da economia, a tendência é que a alta do PIB gere resultados animadores.