O dólar inverteu a trajetória inicial e operava em forte alta no início da tarde desta terça-feira (8), refletindo a persistente tensão no mercado financeiro global em relação às tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a iminente resposta da China. Apesar de algumas expectativas de que Trump possa buscar negociações para evitar uma guerra tarifária generalizada, a incerteza prevalecia.

Por volta das 13h30, a moeda americana era negociada a R$ 5,97, após atingir uma máxima de R$ 5,99 durante o dia. Na última sexta-feira (4), a China havia anunciado a imposição de tarifas de 34% sobre produtos americanos, em retaliação às medidas de Trump.

O presidente americano havia estabelecido um prazo até as 13h (horário de Brasília) para que a China desistisse da taxação, o que não se concretizou. Durante a madrugada, a China reafirmou sua postura de não recuar e de estar pronta para responder a novos aumentos tarifários, embora reconhecesse que "em uma guerra comercial, não há vencedores".

Em meio a esse cenário de tensão, Trump utilizou suas redes sociais para afirmar que a China demonstrava grande interesse em um acordo, mas não saberia por onde começar. "Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!", publicou o presidente americano.

O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, indicou que os EUA priorizariam negociações com aliados e parceiros comerciais, como Japão e Coreia do Sul, para mitigar os impactos das tarifas. Às 13h30, o dólar registrava uma alta de 1,09%, cotado a R$ 5,9749.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), também inverteu o sinal e passou a operar em baixa, caindo 0,16%, aos 125.383 pontos. Na véspera, o índice havia registrado uma baixa de 1,31%.