Em “Canto ao Tempo” as artistas falam sobre a relação com a música, o amor pela Bahia e a admiração que tem umas pelas outras

Foto: Divulgação BIS

O Bis vai celebrar a maior festa popular do país em grande estilo. Em plena segunda-feira de Carnaval, no dia 20, 20h30, estreia “Canto ao Tempo”, série musical que reúne Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Larissa Luz, Majur e Margareth Menezes para um bate-papo descontraído e muito som. Com cinco episódios, cada cantora relembra as primeiras influências que tiveram para a construção de suas carreiras e os caminhos que percorreram até se tornarem grandes nomes do país. Além disso, comentam sobre a importância da cultura baiana para a formação de suas identidades artísticas e a admiração que cada uma tem com a outra. Elas também revisitam seus repertórios interpretando alguns sucessos com uma roupagem especial para o programa.
 

No primeiro episódio, entre outros assuntos, Margareth Menezes contabiliza seus anos de estrada e revela o motivo que a fez cantar. “Estou completando 35 anos de carreira. Quando vejo as coisas que já gravei, me dá um prazer tão forte, eu canto com prazer tão forte, porque só venho buscando fazer coisas legais. A minha intenção sempre foi essa de trazer a música, esse elemento que Deus me deu para viver, como uma ferramenta legal de construção positiva para a comunidade.”
 

Já no segundo, Daniela Mercury lembra sobre como a dança foi um elemento essencial para o desenvolvimento de sua trajetória. “Eu me encontrei nas artes. Desde a dança, que pra mim é a principal arte da minha vida, por incrível que pareça, esses anos todos como cantora, eu não consigo desassociar, por que foi a dança que me entregou para a música”, comenta a cantora que este ano comemora 30 anos de lançamento da canção “Canto da Cidade”, um de seus grandes sucessos, fazendo uma versão especial do clássico do axé para o programa.
 

Em um momento mais íntimo do terceiro episódio, Majur faz uma verdadeira declaração de amor para sua mãe, que foi uma figura de apoio e estímulo para persistir no sonho de se tornar artista. “Até os seis, oito anos, eu catava materiais recicláveis com a minha mãe. Ela arrastava eu e a minha irmã indo em tudo que é lugar e mesmo assim eu era uma criança sonhadora, superpotencializada de que um dia eu poderia estudar, ser alguma coisa e criar possibilidades. Minha mãe alimentava esse sonho.”.
 

No quarto programa, Larissa Luz valoriza outras mulheres negras que abriram portas para a geração que hoje em dia faz parte. “Reverenciar as mulheres que estiveram aqui em outros tempos e abriram o lugar para que a gente (para que eu) estivesse aqui hoje falando com essa autonomia, pra mim é uma obrigação, mas não no sentido pesado da palavra. Eu sou muito grata por ter tido essas mulheres antes de mim, com essas vivências. Por elas terem resistido.”.
 

E para encerrar, Ivete Sangalo reafirma suas raízes baianas comentando desde a infância em Juazeiro, até sua chegada a Salvador. “Realmente é um cenário de memórias afetivas muito fortes, desde o ponto de vista da minha presença na cidade, da cidade comigo, como tudo que ela traz e que eu utilizo até hoje - dessa força ancestral da cultura, da nossa música, o que a gente come, como são as pessoas daqui, a questão da religiosidade, do sincretismo religioso. Tudo isso pra mim soava de uma forma muito confortável. É como se eu tivesse nascido num lugar em que eu tivesse que nascer mesmo, sabe?”.
 

O público também poderá conferir as artistas reunidas para fazer o que sabem de melhor, cantar. No repertório estão músicas como “Faraó Divindade do Egito”, “Muito Obrigado Axé”, “Música de Rua”, e dobradinhas entre Larissa Luz e Margareth Menezes que cantam “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara, e Majur e Ivete interpretando “Sá Marina”. 

 

Canto ao Tempo

Estreia 20 de fevereiro, às 20h30
 

Exibições diárias:

20.02 -- Margareth Menezes

21.02 -- Daniela Mercury

22.02 -- Majur

23.02 -- Larissa Luz

24.02 -- Ivete Sangalo

Sobre o Canal BIS:

No ar desde 2009, o BIS é o primeiro canal 100% voltado para a música na TV por assinatura brasileira. Em sua grade há música para todos os gostos e idades: do eletrônico ao pop, passando pelo rock, MPB e sertanejo. Essa diversidade também está presente nos formatos dos programas: shows, documentários, biografias, clipes e séries de música, tanto nacionais quanto internacionais, além de transmissões ao vivo, e programas inéditos e exclusivos. Assinantes do Globoplay ainda podem assistir ao BIS quando e onde quiserem.